Apesar da gestão de pessoas ser um fator competitivo para empresas, a pandemia trouxe diversos desafios para as empresas. A partir de Janeiro de 2022 a síndrome de burnout foi reconhecida como uma doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A classificação está relacionada à estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde (CID-11).
Os sintomas da síndrome de Burnout podem resultar em um estresse crônico relacionado ao ambiente de trabalho.
O transtorno foi identificado pela primeira vez em 1974 pelo médico Freudenberger.
É caracterizado por um extenso estado de tensão, pressão e estresse crônico ocasionado por fatores desgastante.
De acordo com a OMS, o fenômeno tem três dimensões atingíveis:
1º Estágio: sensação de exaustão e falta de energia
2º Estágio: sentimentos pessimistas, cinismo e distanciamento
3º Estágio: ineficácia e falta de sentimento de realização profissional.
De acordo com Agência Brasil a síndrome é uma condição reconhecida como doença ocupacional de trabalho desde 1999.
Em entrevista à Agência Brasil, o advogado trabalhista Vinicius Cascone afirma que o colaborador diagnosticado com a síndrome ocupacional tem direito a 15 dias de afastamento.
Após o período, o trabalhador é periciado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Mas o que é a síndrome de Burnout?
Segundo o Ministério da Saúde a síndrome é relacionada ao esgotamento profissional e distúrbio emocional, ocasionado pelo desgaste, estresse e esgotamento físico e mental extremo relacionados às condições de trabalho desgastantes.
A competitividade e o grande senso de urgência e responsabilidade, são outros fatores, em outras palavras o distúrbio é causado por demandas de trabalho exaustivas.
O termo “burnout” é uma derivação do inglês “burn” e “out”, que ao pé da letra significaria queimar por fora e é um fator a ser considerado na gestão de pessoas.
As profissões mais acometidas pelo burnout
Médicos, enfermeiros, professores, policiais e jornalistas, entre outros de acordo com o Ministério da Saúde.
O que pode acontecer se não for tratada
Pode ocasionar um estado de depressão profunda.
O indicado é procurar apoio psicológico a partir dos primeiros sinais da doença.
Veja 19 sintomas da síndrome de Burnout:
Nervosismo
Cansaço excessivo físico e mental
Dor de cabeça
Alteração no apetite
Dificuldade para dormir
Dificuldade para se concentrar
Sentimento de inferioridade
Insegurança
Negatividade
Sentimentos de derrota
Desesperança
Sentimentos de incompetência
Alterações de humor
Isolamento
Fadiga
Pressão alta
Dores musculares
Problemas gastrointestinais
Alteração dos batimentos cardíacos.
Com informações de: VC S/A
Como é feito o diagnóstico da síndrome de Burnout
O problema é diagnosticado por psicólogos e psiquiatras.
Existe tratamento para síndrome de Burnout?
A indicação para ressocialização e reintegração do indivíduo acometido pela síndrome de Burnout é a psicoterapia, além de uso de medicamentos, antidepressivos e ansiolíticos.
Qual o prazo do tratamento?
O prazo de tratamento dura entre um a três meses, dependendo do caso clínico.
O fator primordial para a recuperação de quem sofre do transtorno também inclui:
Mudanças das condições de trabalho
Hábitos e estilo de vida
Inclusão de prática de atividades físicas
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde existem formas de prevenir a síndrome de Burnout:
Definição de objetivos profissionais e pessoais
Participação em atividades de lazer com pessoas queridas
Busca por atividades que fujam da rotina de trabalho
Além de buscar conversas saudáveis com pessoas próximas e queridas
Prática de exercícios regulares
Prevenção de consumo de bebidas alcoólicas e entorpecentes.
Existe o tratamento gratuito no SUS, ao passar pela triagem o paciente é encaminhado para Centros de Apoio Psicossocial (Caps) próximos da localidade do paciente.
Gestão de pessoas: Burnout x ESG
Cada vez mais empresas e investidores estrangeiros têm buscado por empresas brasileiras com prática em Environmental Social and Governance (ESG).
Construir um ambiente de trabalho saudável é um dos maiores desafios das organizações e empresas, sendo responsável pela produtividade saudável da equipe.
O bem estar social dos colaboradores, além da responsabilidade empresarial com o meio ambiente e a gestão de pessoas, é um fator considerado pelos consumidores, de acordo com a Deloitte.
A prática começou a ser difundida ainda em 1972, abordado no Relatório Brundtland, apresentado na 1ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em 1990 foi repaginado com o conceito de Triple Bottom Line, pelo sociólogo John Elkington.
O conceito representa os 3 Ps considerados para a prática ESG:
Pessoas (People)
Planeta (Planet)
Lucro (Profit)
O termo ESG se preocupa com o desenvolvimento sustentável das organizações, empresas e sociedade em meio às transformações globais e tecnológicas.
Nara Honório, Assessoria de Comunicação
Sandro Zambelli, CEO, Diretor Comercial, Consulting Blue
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