Estatísticas sobre a abertura de empresas levantadas entre 2007 e 2019 divulgada em 2021 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Cadastro Nacional de Empresas (Cempre) mostra saldo positivo de 18,5%.
Entre os anos analisados, número de empresas formais ativas passou de 4,4 mi para 5,2 milhões, representando abertura de mais de 818,9 mil negócios formais no país.
Porém desde 2014 a porcentagem de fechamento de empresas é maior que a de aberturas, ainda de acordo com o Cempre.
Estatísticas de sobrevivência das empresas apontaram que:
71,9% dos negócios abertos em 2013 fecharam com menos de um ano
61% sobreviveram após dois anos
51,5% ao longo de três
44,1% depois de quatro anos
36,3% os negócios duram mais de cinco anos no país.
Os dados são do levantamento anterior divulgado em 2018.
Contudo, 50% dessas empresas fecham por falta de gestão eficiente.
Processo que engloba desde a estruturação financeira dos negócios bem como planejamento e estratégias de vendas.
Sobrevivência de empresas de alto crescimento
Outro relatório divulgado pelo IBGE em 2019 que complementa essa análise mostrou que apenas empresas de alto crescimento, com mais de 10 funcionários, conseguiram sobreviver mais de 14 anos no país.
Segundo a pesquisa esse número correspondeu a 25 mil empresas sobreviventes.
Sendo que essas empresas foram responsáveis pela geração de mais 1,8 milhão de empregos, ainda de acordo com Cempre.
Indicadores-chave de desempenho e tomada de ações
Em 2015 houve um estudo: Indicadores-chave para medida de desempenho publicado na Revista Eletrônica de Gestão e Saúde.
Na ocasião a mestre em Economia Isabela Teixeira e os doutores em Engenharia da Produção André Romano e Alceu Filho, analisaram a importância da implantação dos Indicadores Chave de Performance (KPIs) para o gerenciamento de empresas.
Para eles a implantação dos KPIs seria uma das maneiras viáveis para alinhar objetivos e estratégias empresariais em longo prazo, através do mapeamento de obstáculos e oportunidades.
No entanto a Consulting Blue está acostumada a encontrar muita resistência entre os gestores de empresas, tanto na implantação quanto no acompanhamento dos dados de forma periódica.
Sendo esses fatores-chave para garantir a sobrevivência dos negócios.
“A implantação e acompanhamento de indicadores ajuda a definir metas empresariais, além da construção de um plano de ação que acompanhe os objetivos dos negócios em longo prazo.
Isso porque sem dados não há estratégia e tudo acontece de forma desorganizada, levando ao fechamento”, afirma Koshiba.
KPIs e gestão empresarial
No livro Key Performance Indicators de Bernard Marr, o autor apresenta pelo menos 75 indicadores de gestão empresarial.
Entre os quais, indicadores específicos para ajustar finanças, processos operacionais e cadeia de produção, além de experiência dos usuários em relação a uma marca e perspectivas de vendas e marketing.
Segundo o autor, estabelecer essa cultura de registro ajudaria os empresários a visualizar a performance de seus negócios, facilitando o alinhamento de estratégias inteligentes que garantissem seu crescimento.
Porém, apesar de esses indicadores serem determinados segundo as estratégias de cada negócio, a Consulting Blue sabe que a maioria tem dificuldade de encontrar e usar dados de forma estratégica.
Isso porque gestão empresarial é sobre identificar dificuldades e objetivos e usar métricas como uma bússola na tomada de decisões assertivas.
Sendo as métricas decisivas entre empresas que praticam metodologias de crescimento acelerado, sendo as que representam as maiores taxas de sobrevivência.
Por outro lado Bernard Marr também afirma que esse gerenciamento também não pode ser visto apenas como um jogo de números.
Sob o mesmo ponto de vista de que por trás de cada um desses indicadores existe também um potencial humano.
Acima de tudo não apenas avaliado, mas desenvolvido de acordo com as estratégias da empresa.